Théo é um garoto de 12 anos que descobriu cedo o amor pela arte e pelas flores. Após perder a mãe, ele passa a viver com o pai, que repudia os gostos do menino.
Cercado em casa e na escola, Théo precisa se decidir entre ser quem é de verdade ou ser algo que não gosta, apenas para ser aceito na sociedade.
Esse é o mote do curta-metragem Alfazema, que vai falar sobre as consequências da masculinidade tóxica no desenvolvimento de meninos. As produtoras envolvidas na execução do filmes estão fazendo uma campanha de financiamento para bancar o trabalho.
Para Vinícius Oliveira, diretor do filme, “falar sobre esse tema é tornar visível uma realidade pouco explorada e dar voz a milhares de meninos que sofrem diariamente com essa pressão”.
O curta é resultado do trabalho de conclusão dos alunos do sétimo semestre do curso de Bacharelado em Cinema e Audiovisual do Centro Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP) de Salto, interior de São Paulo, e está em fase de preparação e pré-produção. A previsão é de que seja lançado em outubro.
Para contribuir com a campanha, entre no site do financiamento.
O teaser do vídeo traz depoimentos de homens contando como a cultura da masculinidade tóxica afetou seu desenvolvimento, e dão exemplos de frases que ouviram durante suas vidas ditas por pessoas da família, como “filho meu vai virar homem, nem que seja na porrada” e “para de chorar, seu lixo, nasce de novo, vira homem de verdade.”
Em outro depoimento, um homem conta que, quando tinha 15 anos, estava no carro com o pai e uma menina de cerca de 12 anos andava na calçada. O pai abaixou a janela e mandou o filho “mexer” com a garota. Ele obedeceu, mas diz que se sentiu muito mal depois, e nunca mais repetiu esse comportamento.
Veja o teaser do projeto:
Alfazema (teaser) from Glitch Filmes on Vimeo.